quarta-feira, 24 de março de 2010

It's time!

E chega finalmente a hora. A partir de hoje, o livro já se encontra à venda na Wook, devendo chegar às livrarias durante os próximos dias. Já conhecem a capa e a sinopse, portanto, para já, não tenho muito mais a acrescentar. Fica o link para a página do Senhores da Noite na Wook.


Para qualquer dúvida ou comentário, disponham. Eu vou continuar por aqui, para dar a conhecer as novidades.

EDIT: Também já se encontra na Bertrand.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Excerto

Oculto atrás da fria coluna de pedra, Moranius podia sentir a respiração irregular do seu prisioneiro, alterada pelo medo e pela dor. Sentia o pânico do homem com uma intensidade tal que, parecia, na verdade, habitar o seu próprio interior. E, com uma brusquidão avassaladora, sentiu a explosão de medo que se deu dentro do prisioneiro, enquanto observava, estupefacto, a etérea figura branca que se aproximava, confundindo-se com a infinita brancura da neve em seu redor.
Havia uma beleza sobrenatural naquela mulher, cujos longos e absolutamente brancos cabelos esvoaçavam no vento, misturando-se com a imaculada brancura das suas vestes. Poderia, ao princípio, ter confundido a bela estranha que se aproximava com a sua inimiga, Arcania Aventra, não fosse o brilho conspirador que irradiava do hipnotizante verde dos seus olhos, quando dirigiu um olhar distante para a paisagem que ficava para além da coluna. Não o conseguira enganar, mas a verdade é que nem sequer o tentara, e era evidente que o mesmo não se passara com o prisioneiro, exausto e em constante sofrimento.
A passos lentos, Deletress aproximou-se da sua vítima, com movimentos de uma graciosidade felina, enquanto uma intensa fúria brilhava no seu olhar. Depois, batendo-lhe violentamente no rosto, disse:
- Delan Erysius. É impossível que sejas assim tão estúpido... Como é possível que te tenhas deixado capturar numa missão tão fácil? Devia deixar-te à mercê da inútil da minha irmã. Enquanto ela se divertia contigo, podia enviar informadores mais úteis, sem que ela se apercebesse disso.
- Por favor, senhora... – suplicou o prisioneiro, transido de medo – Por favor, não...
- Não? – replicou Deletress, reflectindo na voz uma cólera silenciosa, mas capaz de explodir a qualquer momento – É o que mereces!